Saudade
Ás vezes sentimos uma saudade imensa. Há dias em que vestimos a camisola da saudade e não conseguimos retirar por nada. Bate uma saudade sem fim daquela pessoa, daquele momento, daquela voz, daquele olhar e daquele lugar. As lágrimas escorrem sem darmos por elas, o desânimo senta-se ao nosso colo, a cabeça começa a viajar pelas memórias, o coração bate a mil à hora, o corpo fica quebrado, o nosso olhar fica ausente do mundo e tudo perde a graça. Não é fácil descrever a saudade, mas vive dentro de nós e lidar com ela torna-se um gigante desafio.
Evitamos falar dessa saudade que nem toda a gente compreende: é uma saudade nossa, tão nossa que é difícil partilhá-la com quer que seja e é tão grande que parece imensurável.
Saudade que pode aparecer a qualquer hora, mas que teima em aparecer-nos num momento em que estamos mais sós, por vezes, quando estamos agarrados à nossa almofada.
Ainda não aprendi totalmente a lidar com a saudade, mas descobri que, acima de tudo, se sinto saudades é porque tive o privilégio de viver algo bonito, conhecer alguém marcante, estar num lugar especial ou ser feliz, muito feliz em algum lugar ou com alguém.
Quando a saudade bate à porta do coração, eu continuo a abrir-lhe a porta, mas comunico-lhe que é proibido deixar o meu coração triste. Pelo contrário, ela entra, eu olho-a de frente e lembro-me da sorte que foi ter vivido ou conhecido alguém que ainda hoje me deixa com saudades, mas sobretudo com o coração cheio de amor.
Hoje vejo a saudade e sinto gratidão!
PS: A vida continua e mais pessoas, mais momentos, mais lugares mágicos estão à nossa espera...
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